10 erros mais comuns na Manipulação de Imagens

Escrito por: Jack Usephot - Art of Jack

1- Asset merda = Imagem merda

É fato, que usando imagens de baixa qualidade, o resultado final tbm será de baixa qualidade, e esse é um erro muito comum de quem está começando. Não se preocupar com a qualidade dos assets, é certamente uma forma de começar errado, o processo de construção de uma imagem.

2- Por a carroça na frente dos bois

Não pule as etapas, pelo contrário, tente curtir e ‘mastigar’ bem todos os processo e etapas de cada fase do seu aprendizado, nos dias de hoje, existe uma grande ansiedade em pular do básico para o avançado em dias, meses, e por melhor que seja o curso, o professor ou até mesmo a sua curva de aprendizado auto-didata, a experiência sempre vai fazer muita diferença, então ao invés de ficar só vislumbrando o objetivo final, vislumbre o agora, aproveite a vista enquanto sobe pela curva do seu próprio aprendizado e seja feliz em cada etapa do processo, digo isso, pois é muito comum a galera não querer criar imagens teoricamente mais ‘fáceis’, com storytelling simples e preciso, com o tempo você vai ganhar confiança e skills pra executar um projeto mais complicado e ter êxito, o qual feito na hora errada, só vai gerar frustração e pouquíssimo aprendizado, afinal, um atleta campeão do salto com varas, não bateu o recorde mundial no primeiro treino.

3- Tempo x Qualidade

Como eu costumo dizer para os meus alunos, não adianta gastar 3-4 horas numa imagem e esperar que o resultado seja bom, por que não será! Por outro lado, se você acha que 10h é muito, não chegou nem perto hehe. Veja, eu gasto em média 30 horas num trabalho de high-end com matte-painting, eu gasto de 2-3 dias só pesquisando assets. O trabalho que eu fiz pra Adobe, eu gastei cerca de 3 meses, e lendo isso você pode pensar, Ahh! Mas vc é muito lerdo! Sim, também! Mas como era o meu primeiro ano de estudos, eu estava mais preocupado em entender os processos que eu estava fazendo, e curtir aquela construção cheia de descobertas e aprendizados, do que em fazer de qualquer jeito no menor tempo possível, então, ‘calm down’ e ‘keep walking’ mas ‘slower’.

4- Os detalhes fazem a diferença

Vou direto ao ponto, o lance é o seguinte, tua imagem tem que ser boa no ‘overall’ com 10, 100 e 400% de zoom, ou você é aquele tipo que recorta um asset igual a ‘bunda’, deixa o zoom a 10% e diz: Foda!! hahaha naaaaaaaão! No final das contas, os detalhes farão toda a diferença, a forma como você apaga a máscara, quando somado a todas as outras máscaras pode determinar o quão soft e fluido sua imagem será, um corte ruim pode não fazer tanta diferença, mas somado a todos os outros dentro da imagem, vai fazer diferença, uma grande imagem é feita sem dúvida, de pequenos detalhes, então se atente a eles.

5- Você não é Leonardo Da Vinci

É muito comum, um iniciante pensar que a mágica do Photoshop é juntar imagens totalmente distintas dentro do canvas, e fazer com que elas funcionem juntas. Um erro muito comum mesmo, achar que você é um holofote ou o próprio sol e criar luz onde não tem, esse tipo de ação vai gerar aqueles trabalhos colorizados, que são na sua maioria inconsistentes em termos de cores e sendo assim, não realistas, simplesmente ninguém acredita na mensagem que você está contando através da imagem. Já tentou convencer alguém, de que você está falando a verdade e a pessoa não acredita, é chato né? Mas é exatamente o que acontece, quando você não gasta tempo na pesquisa e resolve dar uma de Mago de Ps, o resultado é catastrófico na maioria das vezes, é uma mistura de imagem com ilustração e pintura digital, ‘uma merda’ que realmente não cabe no high-end.

6- Subestimar a Fotografia

Eu fiquei anos perdido dentro do Photoshop, pensando que o software era o inicio, o meio e o fim do processo, cerca de 8 anos pra ser mais preciso, e hoje no meu workflow o Ps representa apenas 10%, enquanto a forma de pensar a imagem os outros 90%. Sabendo disso, eu te pergunto: Como é que você quer trabalhar com imagens se você não conhece os fundamentos de uma boa imagem? Traduzindo, fazer a pós-produção de uma imagem, ou um matte-painting que seja, sem saber como as imagens funcionam, sem entender as particularidades do Pixel, sem conhecer os fundamentos de uma boa composição, é o mesmo que tentar construir ou reparar um motor de um carro sem conhecimentos prévios de mecânica, você pode até conseguir na tentativa e erro, mas não vai ficar 100% e além disso, vai demorar uma vida.

7- Não pedir feedback

Ao permanecer horas a fio trabalhando em uma imagem, é muito comum nosso olho viciar no que estamos vendo e acabarmos não vendo mais nada, uma técnica que eu uso é, a cada uma hora, levantar, ir tomar um café, abrir um livro, uma revista, ver um vídeo no Youtube, enfim, qualquer coisa que me ajude a desligar da imagem por alguns minutos que seja, e dessa forma, dar um tipo de ‘refresh’ no olhar. Artistas do mundo inteiro dão ‘breakdowns’ durante o processo para atualizar a visão, de certa forma isso vai te fazer ver a imagem como observador e não como criador. Falando de feedback, quando enviamos o nosso trabalho pra outra pessoa dar opinião, isso acontece muito naturalmente, por que quem recebe a imagem, não está viciado naquele visual e vai conseguir enxergar com muito mais facilidade os problemas que a imagem tem. Por fim, aproveite ao máximo as críticas, pois não há duvidas de que elas tem mais benefícios do que os elogios, doer vai, sempre, irritar também, mas vai ser melhor, vai por mim.

8- Aceitando as críticas

A parte mais importante de pedir um feedback, é saber receber, avaliar e aplicar as sugestões e as críticas recebidas, e pra isso, é importante entender que o seu trabalho não é uma parte do seu corpo, tipo um membro sabe? Dessa forma, quando alguém faz uma critica ao seu trabalho, não é por que é o seu trabalho que a crítica é diretamente a você, então, aprenda a separar as coisas e enxergue o seu trabalho como uma parte pequena do que você é, e não como parte integrante do seu corpo ou uma representação do seu eu na sua totalidade, mesmo que haja muito do seu ‘eu’ em sua obra.

9- Referências

É normal, no inicio da carreira termos a vontade de imprimir um estilo próprio nos trabalhos que fazemos, mas isso não é tão simples assim, pra dar algo ou expressar algo com características próprias é necessário primeiro entender quais são e treinar essas características, se descobrir, entende? Como vamos imprimir um estilo artístico em uma peça, se nem sabemos direito quem somos como artistas ainda? Por isso o uso de referências é essencial, tanto pra quem está começando, quanto para veteranos, e isso por que, eu tenho visto na prática que há um longo caminho até a obtenção de um olho clínico e uma mente tão cheia de boas referências, a qual não precise de exemplos como guide. Se não fosse assim, muitos dos melhores artistas 3D, Ilustração e Pós não usariam referências no seu dia-a-dia.

10- Erre! Mas erre feio!

Um erro que os iniciantes sempre cometem é não errar! E errar é muito importante, e é imprescindível que você erre feio. Os maiores artistas da atualidade erraram muito para alcançar o patamar que estão hoje, e para errar você precisa fazer, alguns artistas como Erik Johansson por exemplo, afirmam que no início da carreira, o artista precisa se concentrar mais na quantidade do que na qualidade dos projetos, ou seja, quanto mais fizer, melhor. Não tenha medo de errar e se expor, eu erro muito até hoje e isso não me faz menos ou mais alguma coisa, isso me faz aprender, então erre grosseiro, aprenda e vá em frente, por que o melhor trabalho é sempre o próximo!
Fonte Página > Art of Jack

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